terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Carrochinha masculina

Outra noite estava sozinha em um hotel no interior e num ímpeto de civilidade decidi socializar. (Atitude altamente suspeita, mas, enfim). Oi tudo bem tá tarde né que frio vem sempre aqui adoro esse lugar a comida a massagem a piscina... em menos de meia hora me encontrava fumando narguilé no quarto de uma das criaturas. E eu não sei porque raios as pessoas sempre resolvem desabafar comigo (Ok, confesso, sou pára-raio de malucos) mas, como quem está na chuva, fiquei lá ouvindo:

- Ele mora com a ex. Mas ele não tem mais nada com ela. Ele é muito ocupado, viaja muito, por isso não veio comigo. Mas ele me ama, eu sei. Nós vamos nos casar...
- É, que legal (legal?) , quando?
- Eu ia casar ontem...
- Sério? E pq não casou?
- Pq eu acordei 14h e ele me disse que aquela hora, no sábado, o cartório já estava fechado...
- !
- Estou me sentindo super mal... pô, eu só acordei tarde porque passei a noite na festa de aniversário da filha dele (!) e fui dormir ao amanhecer. Mas eu tinha que dormir tanto justo no dia do meu casamento? Se ele tivesse me avisado...
- !!
- Que nem quando a gente foi para Natal... ele entrou no cartório e falou, ptz, cadê a sua certidão de nescimento? (!) Como assim você não anda com ela? (!!) Pôxa, estragou a surpresa, a gente ia casar agora
- !!!
Juro que tentei me pronunciar. Fiquei matutando o tipo de comentário que seria mais pertinente. Não deu. Era como se eu tivesse engolido uma lata inteira de leite ninho (yammy!).
- hm... ftpz... p.....s ai...n


Sinceramente não consigo entender como é que alguém em sã consciência engole uma lorota dessas! Tem que ser muito inocente! E então, como se uma grande ficha tivesse sido finalmente absorvida, ouvi o tom.

- Não, jamais, eu só salvei o telefone dela com o nome de Fábio porque o Fábio é primo dela...
- Imagina, tem anos que eu não falo com essa menina. Ela é louca, sabia que você ia implicar com o scrap. Você não percebe que ela quer destruir nosso amor?
- Eu? Não, eu estava no Cepê jogando bola. Como assim o Rafel não me viu? Mentira, ele é a fim de você por isso está falando isso. (engraçado que quando você namora o mundo inteiro é a fim de você)
- Eu quase fiquei com ela quando você morava nos EUA. Quase. Se fosse um jogo, eu diria que tinha passado do meio de campo e já tava na linha da pequena área. Mas não te traí, juro (essa é a pior, out concour). Ah, e eu só não te ligava  porque queria que você se descobrisse (?) não queria interferir, estava respeitando seu espaço (??). Que msn? Não, e a culpa é minha que você só entrava de madrugada? Alguém tinha que trabalhar no outro dia! (como se a jornada de 16h em dois empregos sem day off não fosse dignamente suficiente )
- Eu te amo, você é linda, é tudo o que eu sempre quis (ajoelha e saca o anel) Casa comigo?... hm, a data né, verdade, mas vamos deixar para depois da faculdade... é, eu sei que nos formamos, mas agora a gente tem que focar na carreira... claro que ainda vamos, não termine comigo, eu quero casar só em 2010 por causa do centenário do Corinthians... ptz, já é ano que vem? Mas nem casa eu tenho ainda. E também sou novo e imaturo demais. E o  pessoal do meu time lá da lever só casou depois dos 30... 


Hahahaha. Como assim! Fala sério! Porque será que as mulheres possuem essa tendência estapafúrdia de acreditar em historinhas desse naipe? Será que é mais cômodo para a gente simplesmente tomar o causo como verdade, visando evitar conflitos, frustrações e possíveis mudanças de status? Olhando de fora é tudo tão óbvio... Por que a gente não tem esse tipo de dicernimento quando estamos envolvidas em uma atmosfera romântica? Ou será que é o tempo, as experiências e a maturidade o fator que nos faz enxergar a dura realidade?

E porque, afinal, as pessoas continuam juntas, se tudo não passa de uma grande mentira?  

...
 
De um conto. Sem final feliz.
 
...
 
É por essas e outras que a cada dia eu me sinto melhor por conseguir me manter fora da caixinha, ahaha.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

10 coisas para fazer antes de 2012

Na calada da noite dessa terça-feira fria, cá estou refletindo sobre a necessidade de começar a concretizar uma listinha de tarefas que precisam ser realizadas antes de 21/12/2012. Faltam exatamente 2 anos para o fim dos tempos e sim, muito antes do History e da Discovery decidirem bombardear nossa rotina com 350 mil programas apocalipticos, eu já acreditava que a teoria desenvolvida pelos coleguinhas Maias iria se profetizar.

Acredito em tudo o que me contam. Tudo. De contos do cotidiano até encontros alienígenas. E eu sempre fui assim, aliás, sou um prato cheio para namorado fdp (mas isso é outro post). Sou de uma geração que conviveu com pelo menos uns 3 fins de mundo diferentes. Um em 1997, quando a galera da Heaven's gate surtou que o cometa Hale-Bopp era uma nave espacial que veio salvar suas almas antes do armagedon. Outros dois foram em 1999. Um em Agosto, devido àquele nobre senhor, que escreveu coisas sem sentido e que tem gente que jura de pé junto que são válidas (tá, tá bom, as quadrinhas são ótimas, se enquadram perfeitamente no que quisermos encaixar, como as nuvens), e outro na virada do ano 2000 (lembra que os computadores iam travar, voltar para 1900, dominar o mundo e aniquilar a raça humana?)



"O ano 1999, sétimo mês, do céu virá um grande rei de terror. Ressucitar ao grande Rei de Angoulmois, Antes, depois, Marte, reinará por fortuna"



(O que aconteceu em Agosto desse ano? hm... Acho que começei a fazer teatro... talvez a coisa que mais atrasou minha vida... pq se eu tivesse feito administração, talvez não estivesse aqui, no meio da noite, refletindo sobre a necessidade de, enfim... pensando bem, talvez Nostradamus estivesse certo ahahaha, coelhinhos nas nuvens)



Esse ano foi aterrorizante... Há. Mas não para mim. Eu nunca acreditei em nada disso. Eu só acreditava na tal história do calendário Maia... assistia Além da imaginação, Acredite se quiser, e delirava. Na verdade, qualquer história que tivesse um mínimo de embasamento científico já caia nas minhas graças. E a teoria por trás do calendário é sensacional. Não, não a idiotice que certos malucos andam pregando por aí que um planeta X irá se chocar com nosso ninho. Falo da teoria astonômica. Fundamentada. Embasada. Sólida. Real. Enquanto todo mundo achava que ia morrer no ano 2000, eu sabia que chegaria até os 30.



Bom, estamos quase lá, e em 20 anos eu não realizei quase nada da listinha escrita com caneta glitter em 1992. Certas coisas não fazem mais sentido (ser uma cientista da NASA?), haha, mas fica aqui o que ainda dá para fazer... espero encerrar esse post dentro de dois anos...



1- Mochilão master. Machu pichu (ok), Nazca (ok) Muralha, Pirâmides, Ruinas maias, Antártida, Everest, Kapadócia, Jerusalém...  Na verdade, a idéia aqui é a world trip do Guinness Book, mas tenho noção que talvez não dê tempo. América já está OK, Europa nos planos a curto prazo. O resto, bom, vai rolar, rsrs



2- Visitar todas as grandes festas. Barretos(ok), Oktoberfest, Reveillon em copacabana (ok), carnaval em Salvador, festival de Parintins, desfilar em escola de samba (ok).



3- Ganhar um Oscar. ahahaha, esse acho que não rola mais, mais fica a dica, ahaha



4- Dar uma Ferrari para o meu pai



5- Comprar um loft duplex.



6- Instalar uma banheira gigantesca na varanda aha, vou ter que ampliar esse aqui para um incrível home-spa com cromoterapia.



7- Pilotar um avião há, esse é fácil, ano que vem me matriculo em uma escola



8- Usar um lindo vestido de noiva mesmo que seja só para posar para a capa de alguma revista



9- Ser mãe. Se continuar nesse ritmo, haha 



10-Viver um grande amor. Eu vivi. Mas ainda não vou dar esse ok final...



...



Bom, pode ser que alguma coisa daí vire. Eu ainda tenho mais uns 700 dias.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A difícil arte de não fazer nada.

Após 3 semanas de intenso, desgastante e por que não dizer emburrecedor trabalho árduo, finalmente consegui dar o grito de alforria (I'm a free bitch babe!). É incrível o poder que esse tipo de situação tem de afetar minha saúde física e mental (e ainda levar 3kg inteiramente grátis). Well, confabulando com minhas outras partes, resolvi na noite de ontem (veredicto unânime) que iria tirar o dia de hoje para não fazer nada. NADA - s.m. pron., adv., n. coisa nenhuma (...) ausência, quer absoluta, quer relativa, de ser ou de realidade; o que não existe. (hehehe, ando bem pouco clichê estes dias...). Assim sendo, foi programado levantar a qualquer hora, desmaiar no sofá, assistir alguma coisa da copa (Copa? que copa?), comer horrores e voltar para cama.ok, analisando friamente, se realmente quero fazer nada, não devo me programar, certo? Então, dane-se, fui dormir e acordei hj com gritos de satisfação de minha mãe após fechar um freela (pois é, ela pode). Pqop, o terror de continuar aqui anda a cada dia mais intenso. E quem falou que depois eu consegui continuar na cama? Levantei, olhei para a TV, olhei para o sofá e fui pro micro. Aliás, essa coisa de ficar sem note é terrível, pois além de eu estar mal acostumada com a mobilidade, é só sentar aqui que a inspiração vaza. Anyway, abro o email e, holy shit! O ensaio! A cena! Mas já passou 1 semana? yep, já se passaram 7 dias. Ainda bem que é só 17h. Putz, um calhamaço de texto, vou deitar para ler... mas se eu vou ter que ir até a Vila Madalena, podia aproveitar para passar na médica (e ler na espera) e, já que é caminho, ir fazer uma sessão das agulhadas que abandonei no meio do mês passado. Mas ai tenho que sair mais cedo... ah, e se eu for mais cedo, não dá mais tempo de ir correr... (mas pq eu ia correr mesmo?). Ah, e já que o ensaio acaba cedo, vou no bourbom ver Plano B (mas pq eu quero ver esse filme tosco mesmo?)....Juro que ainda hey de passar um dia (e uma noite) inteiro sem fazer nada....E a copa? nhê, hj nem tem jogo de Gana mesmo... (mas tem da Itália neh... se bem que eu não vou estar querendo passar esse tipo de vontade )..

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O "charme" da mostra

Estava demorando... no começo eu até estava abismada "nossa, este ano finalmente eles acertaram na organização", mas foi só pegar a primeira sessão de quarta para que os fantasmas do passado viessem a tona... 40 minutos esperando chegar o filme (pqop, porque não mandaram um dia antes, visto que o filme só foi exibido há dois dias?), cobrança para entrar na sala (mas não era gratuito? não, a gente cobra um valor simbólico. Então custa noticiar que haverá essa cobrança? mas é simbólico... sim, eu sei que é simbólico pqop, mas eu queria ser avisada mesmo que fossem para me cobrar um centavo pô!!). Enfim, já cheguei a conclusão que você ainda não terá acompanhando a mostra se:- Não ficou esperando mais de meia hora pelo filme "chegar" no cinema. Ou a legenda. Ou o supervisor com os ingressos; - Não pegou uma sessão lotada e teve que colocar o nome na lista de espera;-Não chegou levemente atrasado com ingresso na mão, retirado muito antes, e teve que sentar no chão porque as pessoas da lista de espera pegaram o seu lugar;-Não estava assistindo a um filme em russo quando deu pau na legenda, e mesmo assim não quiseram devolver seu ingresso;- Não conseguiu trocar o ingresso que pegou errado, ou que não conseguirá assistir, ou mesmo porque não tinha lugar na sala, por razões incompreensíveis;- Não entrou em uma sala com uma fileira inteira reservada para ninguém; - Não pegou cédula em branco, pq os monitores não tiveram "tempo" de anotar o nome e o número da sessão;- Não teve que dar "congrats" para um diretor/produtor/ator que estava te esperando sorridente no final de um filme horrível;- Não teve que ouvir gente batendo palma para um filme sem nenhum representante do mesmo presente (aff, esse é o pior)Enfim, isso sem falar nos expectadores "cuuuuult", que se doem até com espirros de uma pobre alma desavisada na plateia... aliás, tô chegando a conclusão que o mais insuportável é o público, blasé (oui oui) arrogante, pretensioso, chato e intolerante. Mas vamos lá né... ainda nos restam cinco dias...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

É, então, dois dias se passaram e eu só consegui dar o ar da minha graça na mostra hoje. Não por falta de tentativa, circulei horrores pela paulista, mas como estava desprovida de espírito lotérico, não consegui escolher qual cópia assistir. (para variar só um pouco)

Mas abri com chave de ouro, sessão dupla no MIS e sessão ao ar livre no Ibirapuera.

Começo uma mirrada listinha (que engordará até o dia 04/11), dos filmes que ando vendo. Não só com o intuito de registrar, mas para, quem sabe, ajudar alguma pobre alma a se livrar das enrascadas da mostra... das quais eu sou especialista em entrar... hehehe

Enfim, ta aí!


Dias violentos: Filme da Geórgia, que tenta recriar o dia-a-dia dos viciados locais (as fissuras, a dificuldade para conseguir drogas, as artimanhas para arranjar dinheiro). Muito bem fotografado, com ações desenvolvendo-se em tomadas estáticas. Cenário impactante que remete a humildade dos países do leste europeu. Lingua bizonha, ótimos atores (e o legal que são atores mais maduros), cenário realista e marcante.

Recomendo.

Nota 3.


Do amor e outros demônios: menina mordida por cachorro é exilada em um convento, acusada de estar possuída. Sinopse instigante... mas promessa não cumprida. Exploração exarcebada do lindo cenário, dos efeitos de luz e sombra e da pseudo-beleza da inexpressiva protagonista. Sonolento, entediante, tenta e não consegue, roteiro superficial que faz uma critíca óbvia e conhecida à igreja católica. Típico filme de TCC de faculdade de cinema.

Não perca seu tempo

Nota 2 pela beleza das tomadas do lugar que enchem os olhos...


Metrópolis

Totalmente hors concours. Ficção científica em 16mm, com um "Q" de admirável mundo novo. Longo, inocente, mas intrigante como todo filme que referencia o futuro. Acompanhamento fabuloso e impecável da Orquestra Jazz Sinfônica (que tocaram por três horas), experiência sensacional de assistir uma projeção gigantesca no MIS acompanhada de milhares de pessoas esparramadas na grama.

Vou alugar para rever em casa

Nota 4

Amanhã arrisco escrever a primeira de minhas resenhas para o catraca... tô esperando aparecer um 5, veremos se dou sorte!

E lá se foram mais três... confesso que ando meio impaciente para aguentar as maratonas de emendar sessões sem pausa (e olha que eu já cheguei a emendar cinco em uma tarde/noite). Estou me programando para "respirar" um pouquinho mais entre as projeções.


Minhas mães e meu pai: Casal gay em crise se relaciona com pai biológico de seus filhos. Boas atuações (destaque para a empática Julianne Moore), trama bem amarrada, Engraçado, por vezes um pouco agonizante. Essa vai merecer uma crítica caprichada amanhã, rsrs. Podia ter acabado 10 minutos antes.

Nota: 4


Problema: cento e tantas pessoas de diferentes nacionalidades reúnem-se em Berlim para responder a cem perguntas feitas por cem pessoas ao redor do mundo. Idéia Boa, boa pesquisa de imagens, boa vontade. Mas falta ritmo, coesão e emoção. É previsível e apela para questionamentos óbvios. Quem somos nós? paraguayo

Nota: 2, pelo trabalho que o diretor teve na edição.


Turnê: Produtor francês fracassado reune americanos para uma "turnê" de shows burlescos pela França. Divertido, visualmente interessante, números encantadoramente bizarros. Roteiro fraco, podia ter 20 minutos a menos. Destaque para final abrupto nada a ver!!!

Nota 3

Tire minha foto: Lição de vida. O documentário me mostrou que é impossível chegar de casa até a Av. Paulista em menos de duas horas, que é impossível achar vaga na rua ou conseguir um estacionamento por menos de R$25, e, finalmente, que eu não devo nunca, mas nem sob tortura, inventar de ir no cinema de manhã! (tá bom, era 13h, mas nas atuais circunstâncias isto para mim é madrugada!!)



Brincadeiras a parte, apesar de ter perdido o início, achei o filme amador e infantil, mas simpático, fácil de assistir e bem montado. A modelo Sara Ziff filmou seu cotidiano (com a ajuda do namorado produtor) durante alguns anos, e expõe um lado menos glamuroso da vida de modelo, a carreira, as angústias, as ambições e a "aposentadoria" precoce. É lógico que a ela deixou de abordar muitos assuntos importantes, como o assédio dos estilistas e agentes (em alguns momentos ela até cita as "dificuldades" da profissão, mas não entra em detalhes). De um modo geral, ele cumpre o que promete.

Nota 3

Tive um dia interessante nesta sexta, 29/10. Gostaria de ter visto algo mais, mas ficar a pé em SP é uma das experiências mais terríveis possíveis, e a hora do metrô foi a hora de voltar para casa...



VIP's: Nada a declarar sobre o mais que brilhante Wagner Moura, na pele do cara-de-pau que fingiu se passar por uma pseudo-celebridade para desfrutar das regalias que o VIP world oferece. Filme divertido, engraçado, revelador (olha, eu não sabia que os traficantes "acendiam" pistas de pouso em locais aleatórios da floresta), e, para não dizer, inspirador (ahaha, ter natureza de golpista é foooda!)

Nota 4



O Herdeiro: Esse foi completamente na loteria. Italiano, um rapaz herda uma casa cheia de inquilinos problemáticos. Superficial, mas intrigante ao ponto de não me fazer ir embora.

Nota 3


Exit Through to the gift shop: SENSACIONAL. O filme do Bansky. Hilário, provocativo e inusitado, é um pseudo-documentário sobre um cara que dizia fazer um documentário sobre artistas de rua.

Nota 5


Elvis e Madonna: Uma história de amor entre uma lésbica (?) e um travesti. Previsível, amador, péssimas atuações, ausência total de verdade cênica, forçado, mal dirigido, trilha sonora horrível. Filme de primeiro ano de faculdade.

Nota 1 (posso dar 0?)


e só para registrar os de ontem:


Ovos: É sabida minha não predileção por filmes estáticos, mas agrada amantes da arte do movimento mínimo. Me provou que as pessoas podem ter opiniões completamente divergentes em relação a um mesmo filme. Só fiquei até o fim por causa da companhia.

Nota 1


Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas: Uma palavra para esse filme: BIZONHO. gostei, e muito, principalmente pela capacidade de ser transportada para a realidade do lugar (em algumas cenas quase que dava para sentir o cheiro da floresta). Mas, que atire a primeira pedra quem não deixou a sala com ligeira cara de interrogação.

Nota 3

O inesperado: Se vc gosta de big irmão, fazenda e afins, vai adorar esse filme.

Nota 1
E eis que eu volto as salas, depois que a escuridão já estava começando a me enjoar...



Vc vai conhecer o homem dos seus sonhos: Ok, igual a todos os outros filmes de Wood. Pessoas em suas idas e vindas amorosas, desencontros, traições e angústias, blá blá blá.

Nota: 2



O estranho caso de Angélica: A lingua inglesa tem uma palavra que resume meus sentimentos em relação a este filme: boring. Quase tão ruim quanto o curta (?) exibido no início...

Nota: 2



Câncer, as curas proibidas: Sensacionalista, mas impactante. Crítica pesada à industria da saúde.

Nota: 4


 

domingo, 24 de outubro de 2010

Primeiros Takes

É, então, dois dias se passaram e eu só consegui dar o ar da minha graça na mostra hoje. Não por falta de tentativa, circulei horrores pela paulista, mas como estava desprovida de espírito lotérico, não consegui escolher qual cópia assistir. (para variar só um pouco)



Mas abri com chave de ouro, sessão dupla no MIS e sessão ao ar livre no Ibirapuera.



Começo uma mirrada listinha (que engordará até o dia 04/11), dos filmes que ando vendo. Não só com o intuito de registrar, mas para, quem sabe, ajudar alguma pobre alma a se livrar das enrascadas da mostra...



das quais eu sou especialista em entrar... hehehe



Enfim, ta aí!





Dias violentos: Filme da Geórgia, que tenta recriar o dia-a-dia dos viciados locais (as fissuras, a dificuldade para conseguir drogas, as artimanhas para arranjar dinheiro). Muito bem fotografado, com ações desenvolvendo-se em tomadas estáticas. Cenário impactante que remete a humildade dos países do leste europeu. Lingua bizonha, ótimos atores (e o legal que são atores mais maduros), cenário realista e marcante.

Recomendo.

Nota 3.



Do amor e outros demônios: menina mordida por cachorro é exilada em um convento, acusada de estar possuída. Sinopse instigante... mas promessa não cumprida. Exploração exarcebada do lindo cenário, dos efeitos de luz e sombra e da pseudo-beleza da inexpressiva protagonista. Sonolento, entediante, tenta e não consegue, roteiro superficial que faz uma critíca óbvia e conhecida à igreja católica. Típico filme de TCC de faculdade de cinema.

Não perca seu tempo

Nota 2 pela beleza das tomadas do lugar que enchem os olhos...



Metrópolis

Totalmente hors concours. Ficção científica em 16mm, com um "Q" de admirável mundo novo. Longo, inocente, mas intrigante como todo filme que referencia o futuro. Acompanhamento fabuloso e impecável da Orquestra Jazz Sinfônica (que tocaram por três horas), experiência sensacional de assistir uma projeção gigantesca no MIS acompanhada de milhares de pessoas esparramadas na grama.

Vou alugar para rever em casa

Nota 4





Amanhã arrisco escrever a primeira de minhas resenhas para o catraca... tô esperando aparecer um 5, veremos se dou sorte!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O que foi sem nunca ter sido...

Dias desses uma amiga compartilhou um email que me despertou uma vontade desumana (para não dizer sádica) de encaminhá-lo para o mundo. Nele, um cara X, que ela tinha conhecido em um encontro "às escuras" promovido por outra amiga em comum, explicava por A+B os motivos pelos quais havia deixado de telefonar para ela. Era um texto longo, muito bem escrito, com um "Q" de Sophie Calle. Enfim, um blábláblá homérico sobre o quanto ela é linda, inteligente e especial (heim?), e as forças que impediam que os dois fossem felizes para sempre (no caso do bonito aí, uma ex-namorada tiazinha famosete de segundo escalão).

Ela nem estava muito interessada nele. Btw, nos poucos dias que sairam, o cara já tinha um apelido difamatório sobre sua ausência de habilidades nas artes da diversão. Mas no momento que ela recebeu a carta, seu mundo desmoronou. Parece que uma paixão súbita e avassaladora arrebatou seus sentidos, fazendo com que, de repente, o comedor de brócolis se tornasse um príncipe. E ela, a mais desnutrida das rãs.

O fato me remeteu a uma matéria que lí recentemente sobre as razões fisiológicas e instintivas que delineiam as bases nosso comportamento afetivo.



"O cérebro estava acostumado com aquela recompensa [a pessoa amada], então faz você insistir mais e mais para tentar consegui-la de novo (...) O pânico de ver que não está dando certo pode acionar o sistema de estresse do organismo, que por sua vez estimula novamente a produção de dopamina - ironicamente, fazendo a pessoa se sentir ainda mais apaixonada."



Não sei se endosso a teoria acima, mas assumo que não consigo lidar bem a com rejeição. Ninguém consegue. Aliás, só levei um grande perdido na vida que me rendeu desejar a morte á passar por tudo aquilo de novo. E, ao meu ver, conforme o tempo passa, parece que temos que lidar com esse sentimento em uma intensidade quantitativa, qualitativa e infinitamente progressiva.

Um belo exemplo disso é outra parceira desse clã, que costuma se apaixonar perdidamente uma vez por semana. Cada pisada na rua é um telefone novo, uma vida nova. Bonita, inteligente, simpática e articulada, ela não mensura os efeitos colaterais da overdose de envolvimento a qual se submete.

Voluntariamente.

Sei que se elas pudessem escolher não agiriam assim. Mas a carência impelida de viver um relacionamento romântico parece ficar mais forte a cada volta completada pelo ponteiro do relógio. E não, não estou condenando ninguém, até porque as histórias dos meus relacionamentos poderiam muito bem fazer parte de um roteiro de stand up mexicano. Eu apenas preciso refletir se realmente precisamos sentir tanto, sonhar tanto, se envolver tanto, sem dicernir quem realmente é merecedor de tal afeição. Imaginar o dito cujo empurrando um carrinho de bebê toda vez que o celular toca. Fornecer esse número para qualquer um que lhe ministre um segundo a mais de atenção. E chorar copiosamente cada vez que o infeliz vai embora.



...



Eu sei. Não se envolver também não é bom. Fica o vazio.

Mas sobra ao menos a possibilidade de tentar preencher este espaço com coisas que realmente nos fazem feliz.

Que, no final das contas, é o que mais importa.



...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ética de Boteco

Diz a lenda que certos caras jogam oncinhas na mão de barmans para garantir o suprimento etílico da noite. E que moçoilas bem dotadas se engraçam com os tais para beber sem abrir o cofrinho (bom, sei lá, ás vezes até abrem...). Mas o fato é que, para mim, era tudo historinha, até que eu assumi a gerência de uma balada...



- Você tem noção que essa menina nuuunca vai ficar com você neh?

- Tenho.

- Então porquê diabos você deu Absolut na comanda de Natasha?

- Ah, sei lá, as vezes...



Tsk... o cara arrisca perder o trampo em troca de... nada.



- Meu, você sabe que não pode fazer esse tipo de coisa?

- Sei, é o bagulho da Ética



Bagulho da ética! Ahaha, seria cômico, mas doeu no fígado. Quis perguntar o que ele entendia por aquilo, mas me contive.


-Bom, mas chega tá.
- Anh ham

Sai de lá com o tema bombando na minha cabeça. Decidi não tomar nenhuma atitude porque, na pior das hipóteses, ele assumiu. E depois, mais do que isso, porque meio que me reconheci naquela situação. Não, não que eu precise liberar alguma coisa para chamar a atenção de alguém. O fato é que o sedarbem parece estar incrustado no inconciente coletivo de todo mundo. E a ética que se exploda.



Mas afinal, o que é ética? Como ela se aplica? O quanto ela é flexível? E o quanto ela é relativa?



Uma vez quis trocar de acumpunturista e não troquei porque achei anti-ético, mesmo sabendo que o outro era melhor. Noutra, peguei o namorado de uma de minhas amigas com uma piriguete conhecida, e fiquei quieta. E assumi para um professor que tinham colocado meu nome em um trabalho.
Em todas essas situações tentei agir de maneira ética... mas até que ponto é ético com nós mesmos se ferrar com um médico pior ou uma reprovação, ou compactuar com a infelicidade de uma amiga querida?

E, no extremo oposto, o quanto é ético fugir sem pagar a comanda (ah, mas o dono é milionário!), se apoderar de brindes que "sobraram" da festa (ia pro lixo mesmo...) ou usar a beleza ou o dinheiro em prol de obter benefícios que não estão contemplados no pacote?



...



Não sei. Mesmo.



Só sei que, como no caso do barman, não acho certo dar bom dia com o chapéu dos outros.



Mas quem vai atirar a primeira pedra?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Desabafo

Estou com medo. É quase um pavor. E, a cada dia que passa, parece que essa sensação vai tomando proporções maiores, e maiores, num encadeamento absurdo de emoções que mesclam momentos insones de insegurança a desespero. E não há nada que eu possa fazer, apenas aceitar a situação e cauterizar o que sobra dos pedaços que são constantemente arrancados da minha alma. E dói. Dói porque não previ essa situação. Dói porque é quase uma injustiça. Não sei lidar com isso, sequer tenho pretenções de aprender. Mas o fato é que nunca estive preparada, e também nunca imaginei que ia acabar aqui, fazendo parte desse clã.
Passei a minha vida toda acreditando que era muito fácil encontrar alguém para dividir os dias, os sonhos, a vida. E encontrei, e por inúmeras vezes fui feliz. Somando todos os meses, não me recordo ter ter passado mais que um ano sozinha desde meu primeiro relacionamento "oficial". Entrar e assumir um namoro para mim sempre foi simples, rotineiro, quase osmótico. E real.
O tempo passou, e algo no meio do caminho fez com que eu colhesse, embrulhasse todas as minhas expectativas em um reluzente papel dourado e as entregasse sem ressalvas para um que me dominou. Meu coração o elegeu. Minha alma o coroou. E assim ia seguindo, satisfeita com a escolha, confortável com a opção.
Até que um belo dia o castelo desmoronou. E me deparei, perdida e sozinha, com 4 anos a menos de vida, com 4 toneladas a mais de dor... E desde então eu vago, buscando incessantemente um não sei o que, aliado ao vazio de não viver, de não sentir, de não sofrer. Um coma, lúcido, amargo e incolor.
 
...

Eu continuo procurando. Mas o não encontrar anda me apavorando.
E o triste é que estou me convencendo de que acabou, não existe mais, nem adianta cavocar.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Borboletas no estômago

Não sou mais aquela mulher de uma semana atrás.

Nem a garota do ano passado.

Nem a menininha de uniforme azul.



A mim parece que as lentes cor-de-rosa já não servem mais.

E que procrastinar não vai absolver o que já foi consumado.

Eu sei que a partir desse ponto não há mais volta.



Não dá para prever.

É impossível dissimular.

O corpo padece. A mente divaga. A alma sublima.

O vácuo ventral é inundado por um encadeiamento de espasmos risíveis, num misto de dor e angústia, receio e ousadia, esperança e solidão.

O tempo perde valor.

Os atos perdem noção.

E, repentinamente, nos deparamos absortos em nosso próprio universo, segundos antes da explosão inicial. Como se tudo aquilo a que somos intimamente habituados não fizesse mais nenhum sentido.



Como se o tudo adquirisse um novo teor.



...





Que voem. Que corroam. Que destruam meu limbo sacral.

Eu finalmente existo.

E estou exatamente onde queria estar.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pra frente Brasil

Hj levantei com um mal-humor um pouco mais afetado do que o costumeiro. Essa coisa de ficar trabalhando de manhã (tô relevando o fato de ser domingo) consegue me irritar mais que guardador de carro em rua de feira (e só a vaga lembrança da situação me levou a desistitir de fazer um pit-stop no caminho). Bom, então, já que não tem jeito, bora lá, entrei no carro, liguei a chave, sai na rua, abri o portão e há! deparei com uma cena que, literalmente, encheu meu futuro péssimo dia de alegria :)Sentado, em uma cadeira, literalmente no meio da rua, um senhor protegia, com o zêlo que uma fêmea protege sua cria (algumas...) aquilo que parecia ser sua mais nova obra-prima: uma bandeira, feita a cal e xadrez, que devia ter, no mínimo, uns 5m ! A dita cuja ocupava a rua inteira, quase que impedindo até os pedestres de passar. Crianças formavam montinhos ao lado daquilo.-Tira a mão daí moleque do inferno!Enquanto eu estava lá, calculando milimetricamente o percurso que precisava executar para tb não tomar uma bronca do tiozinho, fui inundada por uma deliciosa sensação dos tempos em que a graça de estar em um ano de copa era saber que iríamos ilustrar a rua da casa minha avó.E era isso mesmo. O povo chavama o DSV (no tempo que ainda não era a CET) para impedir o tráfego. O muro do convento, que ocupa um lado inteiro, virava galeria. E toma pincel, balde, brochas, giz e resina (sem falar na poeira do cal e nas mãos manchadas de corante). As risonhas senhouras da vizinhança nos traziam bolo, suco, iogurte, chocolate e vitamina. As cores eram todas pastéis, o vermelho sempre rosa (ahaha), mas nada que anulasse o sorriso satisfeito do final da tarde.E tudo virava festa! A TV ligada na garagem, o portão escancarado (pra todo mundo caber), o cheiro de pipoca com provolone, aquele barulho de um monte de gente e aquele silêncio da hora do jogo... as risadas, as discussões, as situações bizarras... ouvimos a prorrogação de 94 em um caminhão dos bombeiros, por culpa de um balão que derrubou a energia e incendiou o convento. Lembro da luz só ter voltado 1 minuto antes do pênalti do Baggio....E eis que, em meio a tudo isso, lembro de minha world cup love story. Amor de infância, eterno ajudante na arte de pintar as guias (uma sim, uma não) lá longe, onde ninguém conseguia mais ver. First love em 90, first kiss em 94, remake em 98, e em 2002, que foi só para fazer graça. Em 2006, ficou aquele clima, cada um no seu quadrado (já ocupado), e a cabeça fervilhando (ai que droga o que que a gente vai fazer!). Não deu, hey ho, quem sabe na próxima?...well, a copa já esta ai...Desviei do desenho, subindo em cima da calçada (carro grande yep!), e todo mundo ficou feliz. Eu, o vizinho e as crianças, que se aproveitaram da situação para surrupiar o balde e ir desenhar na rua de baixo....Tudo o que eu sei dele foi que se casou no ano passado.E também onde sua cabeça estará, no momento em que a bola rolar, depois da cerimônia de abertura...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tic Tac

Estava ontem em frente a geladeira refletindo sobre as vantagens e desvantagens de se comer um pouco de arroz doce (nhê, eu nem gosto de arroz, que dirá doce, mas ele está ai, tão disponível...), quando tive um estalo: preciso urgentemente falar sobre isso! Nop, a idéia não é falar sobre carboidratos que podem ser ingeridos a noite e muito menos sobre como perdê-los e enlouquecer um homem na cama em 10 lições. Mas sobre a sucessão de reflexões que pipocaram em minha abrilhantada cabecinha quando a porta da dita cuja se fechou. Pqop não fui eu que fiz esse doce! Se eu não morasse com a minha mãe, não passaria por isso! Aliás, pq eu ainda moro aqui, se eu tenho quase 30 anos?Quase 30 anos... é, bizarro... mas na verdade, por aqui, eu já tenho isso desde os 26.- Já falei para você apagar a porra da luz, vc tem quase 30 anos!- Vc nunca vai terminar essa faculdade? Ninguém arruma emprego decente com 30 anos!- E ai, quando vcs casam? Você sabe que é difícil engravidar depois dos 30 né...E, já que só agora eu caí na real que só tenho mais 1 ano e meio para me adaptar á fatídica virada 3.0, decidi, para desespero dos palpiteiros de plantão, que vou aproveitar enlouquecidamente os últimos momentos antes de minha entrada triunfal na idade adulta.Adulta - taí uma palavrinha que eu não consigo engolir. O que nos torna adultos? Mais responsabilidades, Ok. E falta de tempo, de energia, de vontade, de dinheiro... confesso que eu não tenho mais o mesmo pique para emendar dias de trabalho à noites alucinantes. E muito menos ficar esperando o sol nascer sem nenhuma necessidade lógica em cima do heliponto.Mas também não sei se consigo me enquadrar na imagem de qualquer mulher da minha idade que eu tinha em mente a 20 anos atrás. Btw, a Luaninha tinha certeza que, aos 28 anos, já teria ganhado o Oscar, viveria com um deus grego numa mansão em Malibu e teria dois pimpolhos a tiracolo.Hj, eu sequer consigo me ver cuidando de um cachorro!Anyway, acho que já está na hora de sair de casa. Mas amanhã eu penso como vou conseguir conciliar meu contra-cheque astronômico com as despesas do meu carro, o saldo do meu cartão de crédito, e um possível aluguel+água+luz+tel+internet+comida+móveis+eletrodomésticos+empregada+...Ainda bem que os 30 são os novos 20.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

High-Definition multimedia interface

3000 reais! Fala sério! Eu poderia visitar as ruinas maias com isso. Ou comprar uma barraca de alpinismo decente. Copa? Hm (ok, confesso que as pernas, os abdômens e também todo o conjunto da seleção italiana -in memorian- ficam espetaculares.) Tudo bem, mas, e em Agosto? Ver quem? Não, não sei quem é essa pessoa. Novela? Que novela? Você acha mesmo que gasto meu precioso tempo livre assistindo isso? (a última saga que acompanhei, Rubi, a descarada, me rendeu reprovação por atraso em duas matérias no primeiro ano). Não, não sei. Não conheço. Qual o problema? Anh? Não, simplesmente não gosto. Tá, algumas séries e uns programas da Discovery. Do History também. Não, não estou sendo hipócrita. Sério. Não é isso, eu também nem leio! Me dá enxaqueca. Já, ele diz que eu tenho que operar. Não, não é prioridade agora. Não, já falei que nem gosto de ler. Eu só estou dispensando a graduação em cultura inútil por enquanto. Ah, quer saber, pense o que quiser. Não vou mais entrar em detalhes. Quem gosta de detalhes é você. Não, por mim eu teria outro sofá no lugar. Ou uma planta....La descaradaEs una descarada por ser la más hermosaNo tiene casi nada pero le gusta la vida caraY a mí me gusta ella y sé cuanto me amaSé que sueña conmigo pero amanece en otra camaEl dinero le robó su corazónLas mentiras le desalmaron el almaY me duele su dolor mucho más que su traiciónYo nací para quererla aunque se vayaMujer de nadie, mujer de todos, mujer que mataMujer que duele, mujer que entrega y te arrebataMujer tan cara, mujer ingrataSé que no me olvidaras aunque te vayasYo sé que no me olvidaras aunque te vayasEn mi cartera guardo su foto delatadaEs mi mayor fortuna y mi desdicha la descaradaYo seguiré mi rumba, el mundo no se acabaEsta vida es muy corta, te cobra y te pagaY es que el dinero le robó su corazónLas mentiras le desalmaron el almaY me duele su dolor mucho más que su traiciónYo nací para quererla aunque se vayaMujer de nadie, mujer de todos, mujer que mataMujer que duele, mujer que entrega y te arrebataMujer tan cara, mujer ingrataSé que no me olvidaras aunque te vayas

domingo, 27 de junho de 2010

Sample central

Visão geral da loja
Uma loja de produtos grátis. Simples assim. (bom, trata-se na verdade de um grande bureau de pesquisa de marketing, mas, com o perdão dos colegas de classe, vou ignorar a implicação teórica da coisa e discorrer sobre as maravilhas do hedonismo consumista ). Oi, meu nome é Luana (ooooooi Luana) sou brindaholic desde os... sei lá, acho que desde sempre. Não posso ver uma menina oferecendo cotonete no supermercado que puxo conversa só para ver se ganho 2. Ou 3. ou 10. Agora, imagine a felicidade da criança ao descobrir que a inauguração desse estabelecimento daria-se no dia de hoje. Ieeei!!

Teve gente que desdenhou:
- Ha, sei lá, acho que não deve valer a pena, não deve ter nada de interessante... prefiro ficar aqui e ver o jogo... Tá, tá bom então, azar. Eu não perco por nada. Entrei no site, fiz o cadastro, paguei a anuidade e fui, linda, contente e munida de uma curiosidade absurda em direção a minha rua predileta de SP. No número 2074 uma fachada colorida se destacava. O vidro revelava um espaço qua poderia ser descrito como um mix de mercearia clean com loja de eletroeletrônicos modernosa. Na entrada, grades no melhor estilo parque temático controlam a fila (composta por seres sorridentes de todos os tipos) e ajudam as simpaticíssimas recepcionistas a distribuirem as 70 senhas que são oferecidas a cada hora. A loja estabelece este limite para que a experiência seja a mais confortável possível, tanto para os consumidores quanto para os funcionários. O acesso a senha só é válido após o cadastro online e o pagamento da anuidade (R$ 15,00), feito exclusivamente pelo site. (sem torcer o nariz, o valor é simbólico e vale cada centavo)


Após a abertura da sessão, você deve dirigir-se a um dos quatro guichês, para realizar o check-in. Neste momento, depois da confirmação dos dados cadastrais lhe é entregue o cartão fidelidade, que deve ser apresentado a cada visita, e também um indicador explicativo de como devem ser realizadas as "compras' na loja, com o guia de cores (são 3) e como você pode combiná-las. A cada visita podem ser adquiridos 5 produtos, além da realização das degustações in loco (como os sorvetes, cafés e iogurtes) e experimentações de gadgets.
Saltitando de ansiedade peguei a sacolinha colorida (oferecida pela atendente) e adentrei na loja, que oferece coisas tão diferentes quanto pão integral, adesivos decorativos e compostos reguladores intestinais. A vontade de sair pegando tudo (lembra do Supermarket? ahaha) é controlada pela segurança de saber que os produtos não se esgotam - pelo menos durante aquela hora. Decidi que ia olhar a loja toda antes de escolher os produtos que iria levar. Chocolates, iogurtes, sobremesas, macarrão, comida congelada (tô arrependida de não ter pego um escondidinho congelado), bebidas, shampoos e cia, preservativos, maquiagem, produtos para a pele, perfumes... A variedade é tanta que você literalmente se dilacera para decidir. Um rapaz me oferece uma amostra de um perfume muito bom, mas, afinal, para quê eu preciso de um perfume masculino? (há, acabei de olhar na Sacks, R$ 257,00 !!!). Uma moça demonstra o uso de uma geladeira incrível. Um punhado de sorvetes estão lá, disponíveis, a espera de ávidos experimentadores. O tempo de uma hora torna-se ínfimo, especialmente quando é solicitado que nos dirijamos ao check-out, visto que o tempo acabou.



Optei por escolher produtos que realmente pretendia usar, mesmo sabendo (com dor no coração) que haviam perfumes e anti-idade que custavam mais de R$ 100,00. Decidi por uma pipoca de chocolate, um achocolatado Diet, um enxaguante bucal, um kit de shampoo, condicionador e creme para pentear e uma base. Chutando baixo, minhas aquisições extrapolaram os R$ 90,00. Em troca, minha missão agora será preencher os 5 questionários (tenho 15 dias para fazer isso) dos produtos que levei para casa, e mais 3 pesquisas relativas aos produtos que experimentei na loja. Assim que estiverem preenchidos, posso retornar à loja (com horário devidamente agendado pelo site) e intoxicar meu sistema límbico de satisfação novamente.

Só nos resta saber se daqui a alguns meses ainda teremos a disposição toda essa incrível variedade. Tomara que sim, visto que os resultados são benéficos tanto para as empresas quanto para os consumidores (trysumers, a partir de agora) É esperar para ver.





Check-outs e entrada da loja



(vale ressaltar que atualmente, em outubro/2010, a loja já mal está valendo a visita...)


Sample Central

Rua Augusta, 2074 – Jardim Paulista
CEP: 01412-000 – São Paulo – SP
é necessário agendamento prévio para visitar a loja.

(Fotos por Renata Aguilar)

sábado, 26 de junho de 2010

Bouquet de lírios

Hoje é um dia muito feliz para uma amiga muito querida. Uma irmã. Imagino ela em seu vestido alvo, longo, reluzente, adentrando no resplandecente recinto ao som de Mendelssohn. À frente, uma família com os olhos marejados de orgulho, presenciam o momento mais mágico da vida de sua única filha. Eu posso ver o sorriso do Marcelo, posso ouvir o murmurinho dos convidados, posso sentir toda a felicidade que emana da alma dela.
Eu queria ter podido presenciar tudo isso.
Não deu.
Agora estou aqui, com o coração na mão, refletindo sobre o que não aconteceu. Que a paranóia toda só existia na minha cabeça. Que, de novo, o valor que eu dou para a opinião alheia restringe minha gama de escolhas possíveis. E que eu podia ter estilhaçado o passado em prol de um acontecimento tão nobre.

Sô, eu te desejo toda, mas toda a felicidade do mundo minha linda!
Você viverá para sempre em meu coração.

E na lembrança do que eu acho que foi sem nunca ter sido.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O dia em que eu deixei de ser idiota

- eu te amo
- hm...
- ...
- tb.
- tb o q?
- tb te amo. mas...
- mas?
- é q...
- é q?
- ...
- ?

...

- sei lá. só não quero assumir um compromisso agora. não é nada com vc, o problema sou eu.

...

Problema?
Sinceramente estou achando que finalmente encontrei a solução.
Eu só queria poder lembrar quando, como e porquê me tornei esse iceberg...

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos namorados sem namorado!!!

Estou sentindo falta das frases bregas do Arnaldo Jabor. E também dos comentários sobre as mães dos jogadores, das tags estapafúrdias (#imaginaeunaosoufutilnemdesocupado) e dos convites para a parada (se joga beeee). Tudo o que eu leio de umas duas semanas para cá diz respeito a uma data idiota que um mercenário burguês, provavelmente do início do século passado, decidiu transformar em dia de jogar dinheiro fora e fazer as pessoas se sentirem idiotas.



São Valentim. Era um padre tiozinho que acreditava tanto no amor que resolveu se casar com uma piriguete qualquer, indo contra todos dogmas da santa Igreja Católica (nhê). Foi condenado a morte (obvio) em 14 de fevereiro. Se vc não é alienado, sabe que essa é a data onde se celebra o amor no resto do mundo. Mas a gente, lógico, sempre dá um jeito de tornar as coisas mais convenientes... mandamos a data lá pra junho, depois do carnaval e do dia das mães (ah, mas é vespera de Santo Antônio, vá...), eliminando possíveis desculpas de não gastar metade do ordenado em um agrado para o parceiro.

Confesso que estou achando hilário o desespero em que as pessoas se encontram a medida em que se aproxima o fatídico dia. De quem namora, ai socorro eu não sei o que comprar! Aonde será que ele vai me levar? será que eu posso dar uma camisa do corinthians para ela? tô preparando uma noite inesquecível, me aguarde... Dos menos afortunados (kkkk), alugo-me para o dia dos namorados!(heim?) alguém quer namorar comigo só para trocar presente? vou virar o santo de cabeça para baixo de novo... está tão frio, e só eu não tenho namorado... 

WTF, FGS, CALEM A BOCA!!!

Que saco!

Uns provocando, outros se doendo... ninguém parou para pensar que é só mais um dia para fazer vc estourar o limite do seu cartão de crédito, comprando aquele presente P.E.R.F.E.I.T.O que vc passou dias escolhendo e que, muito provavelmente, a pessoa nunca vai usar? Vc vai ganhar uma coisa que não precisa (e que, na maioria das vezes não tem nada a ver com vc) vai passar a noite inteira em filas (do cinema, do restaurante, do motel), inventando uma pseudo-realidade romântica, numa tentativa ridícula de resgatar o que ainda resta de bom no seu relacionamento.

E quem está sozinho, pra quê tanto barulho por isso???

Não, não estou fazendo um ode á solterisse. Todo mundo sabe que eu emendo um relacionamento no outro, e esse é o primeiro dia dos namorados que eu me recordo de passar sozinha. (começei a namorar aos 13, se eu tivesse colocado o $$ de todos os presentes em uma poupança um juros de 0,5% ao mês...) Só estou expondo que essa situação que nossa cultura capitalista nos inflige é sem nexo e completamente injustificada. E ainda abala a auto-estima de muitas pessoas que, rendendo-se ao apelo emocional da situação, acabam se sentindo frustradas e deprimidas.

Que dó!



...



Vamos combinar, alguma coisa está errada se você precisa de um dia específico para celebrar o próprio namoro.

E pior...

Se precisa de um namoro, para celebrar todos os outros dias.



...



Não, não tomei um fora recentemente, não amo, gosto nem estou com ninguém, não tenho sequer um rolinho perdido por ai, e confesso que estou tão fechada que não estou pegando nem gripe.

Mas sinto que nunca estive tão bem. Pela primeira vez, entendo que não preciso mais desse porto-seguro que são os relacionamentos. Entendi que amava, não pelo contexto, e sim por se tratar de uma maneira de não ter que conviver comigo mesma o tempo todo. De não ter que me encarar o tempo todo.



Ando aprendendo a apreciar a minha companhia.



E quer saber?



Estou tendo a certeza que minha "alma-gêmea" sou eu mesma.



Feliz resto do ano pra mim!!!



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Fissão

Prodígio.
palavrinha do inferno que eu sempre fui obrigada a assimilar.
andei e falei aos 9 meses, contava em inglês aos 2 anos, lia aos 5.
aos 6 decidi ser cientista.
ufóloga, paleontóloga, whatever, queria porque queria trabalhar na NASA.

...

- hey, você não pode ser cientista nem trabalhar na NASA.
- por que não?
- porque a NASA é em outro pais!
- E daí?
- E dai que você não é americana, não pode morar lá e vai destruir o seu potencial.

...

Não entendo porque, ainda hoje, eu divago gerando expectativas patéticas de que, um dia, alguém irá apoiar as decisões que tomo...

ou, minimamente, se orgulhar do resultado delas.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O olho do furacão

Parece que a calmaria sempre está por vir. É mais ou menos como aquela melosa confiança que sentimos ao despertar cada manhã de um novo e ensolarado dia. Ela é inerente aos mal- humorados lampejos de renúncia. Ela simplesmente existe, ninguém sabe como nem porquê. E ninguém se importa em saber. Ela sempre esteve ali.

E ela é o nosso alicerce. É onde a gente se prende quando estamos à deriva, de onde tiramos forças para continuar quando só o queremos é desistir. É a maior e mais profunda das emoções humanas, a chama que mantém aquecido nosso coração, nossas lembranças.

Mas, e quando nos damos conta que tudo o que resta desta força é apenas a sobra de algo que ficou encravado em nossa memória? Quando percebemos que os caminhos que nos rodeiam são impossíveis de serem transponidos, que a tempestade tortuosa nunca se dissipa, que os ventos são fortes demais para serem controlados , que basta um movimento para que tudo seja sugado e atirado à anos-luz dali?

O que nos resta?

Esta esperança?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

So what?

Em seus olhos, o mapa do mundo.
Em sua boca, o passaporte
No sorriso, o visto.

E assim ela segue.

Como se o mundo fosse um grande catálogo.

"Suddenly I see
This is what I want to be"

quarta-feira, 10 de março de 2010

Diego

Ele observa.

Olha, mede, compara, reflete, define e guarda.

Bem escondido. Muitas vezes em um lugar impenetrável de sua mente. Mas que por vezes é acessado, principalmente quando ele precisa de inspiração para alguma de suas novas grandes idéias.

Dono da opinião. Genial. E sabe disso. Tanto que dificilmente perde um debate. Uma discussão. Ou uma partida de imagem e ação.

Ele nunca dá por vencido. Mesmo que, para ganhar, tenha que mudar seu objetivo no meio do caminho...

Ele me encanta. Me divide. Me multiplica. Me soma e me subtrai!

Di, você sempre será dono de um belo hectare do meu coração!

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Mesmo que eu viva para sempre na Bervelly Hills do inferno, rsrs.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

485 C

A Íris acha fascinante saber nome de esmalte. É o tipo coisa que ela sempre quis aprender, mas é incapaz de memorizar todas as nuances redundantes que os adjetivos usados no batismo dos frasquinhos apresentam.

Já o Testa costuma dizer que eles são inspirados em nome de álbuns do Elymar Santos - INSANA LOUCURA. Mas ele sempre tem um na ponta da língua, quando a Dani liga da manicure e pergunta qual tom deve passar.

Eu costumava não dar nenhuma importância para isso. Eu sequer consigo pintar minhas unhas sem que meus dedos se transformem em uma obra expressionista. A definição mais próxima do tipo de relacionamento que eu partilhava com esmaltes era Bigamia.

Um cintilante furta-cor qualquer por baixo e um renda por cima.

RENDA. Esse era o único que eu conhecia. E seus genéricos, cujo nome eu era incapaz de guardar.

Até que, um belo dia, no auge de meu quarto setênio, tropecei no Gabriela. GABRIELA! Seu entorpecente tom púrpura levou-me a cometer o adultério. Pela primeira vez minhas mãos, branquinhas e sem graça, tornaram-se provocantes.

Provocantes. Isto soou quase como uma brincadeira. Como uma afronta a quem eu pensava que era.

E cada vez mais fui me entregando, me aventurando nessa aquarela de sentimentos. DESEJO, INSPIRAÇÃO, CARÍCIA, OBSESSÃO, DENGO, ILUSÃO.

E vieram os sete "pecados" capitais...

E eu finalmente comecei a entender o porquê desse fascínio. O poder que as cores exercem sobre a natureza feminina. O poder da vaidade. O poder da sedução.

Era como se, nesse momento, tivesse nascido uma nova mulher.

--

O que eu nunca entendi é por que eles simplesmente não são chamados de: VERMELHO!

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Atualmente eu venero o ATREVIDA.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Regresso

Eu sinto falta dos lençóis...
Da sensação enlouquecedera, do abraço, do aconchego, daquela cama enorme e que era minha, só minha...
Mesmo que fosse por aquela noite.

Eu sinto falta dos check-ins.
Dos check-outs, coffee-breaks, dos foyers, dos embarques e desembarques, das idas e vindas, das cores e dos desenhos daquelas ações.

Eu sinto o cheiro daquelas voluptosas refeições matinais, da risada alegre das copeiras, dos mimos, dos paparicos, daquelas massagens nos Spas.

Eu sinto falta dos almoços, dos abraços matinais, das conversas de corredor, das filmagens seteevintescas, da foto ao lado do monitor.


...


Pelo menos eu não sinto mais falta de mim.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Só mais uma noite

Esse ano não fiz promessas.
Não houve esperança.
A mim parece que toda aquela onda de sentimentos renovadores não existe mais.

Foi apenas mais uma noite.

Costumava assumir compromissos. Ter pensamentos positivos.
Usava roupas brancas, vermelhas, verdes e amarelas como uma espécie de "peloamordedeusmedêpelomenosisso"
Pulava as sete ondinhas quando estava na praia, com direito a um pedido para cada salto.
Ficava em silêncio na hora da virada, concentradamente implorando para que alguma entidade sobrenatural me ajudasse a fazer o que eu não tinha feito. Ganhar o que eu não tinha ganho. Ser quem eu não era.
Trocava a folha de louro, sempre esmagada pela habilitação e a plaquinha de nossa Senhora de Fátima... - Para você ficar rica este ano - dizia minha santa avó, contribuindo com a extinção de mais uma espécie...

Eu nunca fiquei rica. Eu sequer tive dinheiro para bancar todas as expedições e regalias que desfrutei.
Eu emagreci e engordei, e engordei mais do que emagreci.
Eu entrei e sai da USP, eu entrei e sai de um "emprego em uma firma grande, de fazer carreira".
Eu sempre me frustrei.
Eu nunca consegui seguir minha vocação.
Eu nunca me casei.

Esse ano, foi diferente. Não houve emoção. Não houve esperança. Não houve promessa.

Foi apenas mais uma noite, em um país diferente, sem shows pirotécnicos ou canções bregas televisivas que datassem aquela noite especial.

Especial, afinal, não era. Foi só mais uma.