quarta-feira, 29 de julho de 2009

Don`t worry

Oi! Eu estou muito bem, obrigada por perguntar. Fiquei feliz em saber que você se preocupa comigo, admiro muito o carinho e o respeito que você tem por mim. Percebi o quanto que estes anos que passamos juntos foram importantes para você, o quanto você gostava de mim e o o quanto este amor fazia diferença na sua vida! Alias, até minha familia ficou emocionada com o seu comportamento, afinal, foram quase quatro anos. Admiro muito a sua atitude, seu caráter, sua dignidade e espero, do fundo do meu coração, que seus próximos anos sejam cheios de alegria!
:)
Be happy

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O ponto que não tem mais volta

Lembro da primeira vez que o vi. Era, coincidentemente, num momento onde nossas opiniões divergiam. Não tenho qualquer idéia sobre qual era o mote daquela discórdia, mas recordo perfeitamente de ter recebido um bilhete que me prometia explicações. Mas ninguém é completamente capaz de explicar as surpresas que a vida nos reserva.

Nossa semelhança me intrigava. E a vontade de cada vez mais querer saber o porquê de tudo aquilo começou a transformar-se em uma admiração, tão platônica quanto irracional, ao mesmo tempo em que o turbilhão de pensamentos, conflitos e desejos fazia com que eu quisesse me afogar naquele mar de emoções. Perdi meu norte, os sentidos, a noção, e os devaneios alimentados pelo nosso primeiro beijo apenas reforçaram a certeza de que era Ele. Ele.

Um dia pedi a Deus um cara com quem eu pudesse dividir minha vida. Bom caráter, batalhador, prestativo, altruísta, inteligente, carismático, companheiro, carinhoso e que, acima de tudo tivesse bom coração. E ele veio, caindo do céu, nesse abismo sombrio que é a minha vida, trazendo um pouco de luz para os meus dias. Trouxe Paz. Trouxe alegria. Trouxe amor.

Mas o tempo é impiedoso, corre freneticamente, nos acomoda, nos ilude, o sentimento se subverte e faz com que se chegue a um ponto onde nossa condição humana nos obriga a fazer o que é preciso para cumprir nossa missão. Mesmo que isto incorra em dúvida. E em decisão.

Ele tem meu coração. Ele tem o meu anel. Ele sabe quando será a hora de devolvê-lo, ou atirá-lo ao mar.

De tudo, o que me arrependo, foi de ter esquecido de pedir a Deus uma coisa essencial: Retribuição.

sábado, 18 de julho de 2009

Inércia

Ele é como uma infecção. Começa silencioso, leve afago no diafragma, que lentamente me sufoca, sensação agonizante que se irradia da boca do estômago e vai até as pontas dos dedos percorrendo cada pedaço do meu corpo. Da minha mente. Da minha alma.

Febre alucinante que incendeia meu colchão, fazendo com que os espasmos de meu corpo não sejam suficientes para que os sonhos retornem. E o anjo da noite se impõe, trazendo delírios de dor e culpa, desejo e dúvida, angústia e solidão.

E permaneço assim, nesse estado inóspito, até que as seis badaladas reinvidiquem o resto da minha sanidade, forçada tentativa rotineira de encontrar a cura.

Sempre em vão.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Duas

Uma quer. A outra não. Uma tem certeza. A outra talvez sabe. Uma levanta, segura, grita e roda. A outra, olha, respira, pensa e chora.

Tudo o que uma desejava era ser como aqueles personagens dos contos de fada. Carreira, estrelas, sucesso, amor. Um só, como nos filmes, e que de preferência fosse perfeito! Ela é segura, uma amazona independente e decidida, que escolhe com o coração. Mas que também quer ser "feliz para sempre..."

A outra é mais amarga. Do tipo que a vida violou. Tão violentamentamente que ela perdeu qualquer perspectiva de desejar alguma coisa. Ela não tem carreira, nem estrelas, nem sucesso, nem amor. É triste, e sua alma destroça-se lentamente á medida em que o tempo passa. Ela faz suas escolhas unicamente pesando os fatos, baseada em uma medida que ela mesma inventou.

As duas não se entendem. As duas não se suportam. Uma escolhe, a outra sofre, uma age, a outra se arrepende, uma implora a outra esnoba e ficam as duas nesse eterno confito onde há apenas um ganhador.

A dor