quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Parque da Vida

Dia desses li em um desses aplicativos toscos do fb que estar solteira era como estar em um parque de diversões. A analogia era pautada puramente no sentimentalismo fisiológico, mas me ocorreu que também podemos correlacionar a single life com a experiência da visita ao parquinho propriamente dita.

Passaporte: A gente compra, dá ou ganha. Pagamos caro. Ou com desconto. Às vezes pagamos de loucas e aparecemos lá na cara de pau. Algumas só vamos porque todas nossas amigas vão. Noutras, porque estamos entediadas. Mas sempre que estamos quietinhas em casa, ouvimos falar que o parque é demais (e não é?), e ficamos doidas para dar um pulinho lá, nem que seja só para andar em um brinquedo.

Brinquedos: Tem pra todo o gosto. Mais perto, mais longe, grandes, pequenos, novos, velhos, reais, virtuais, emocionantes, pacatos, os que a gente paga (às vezes caaaro!), os inclusos na entrada, os de sorte, os de azar... uns molham, outros nos deixam encharcadas (ahahaha). Tem os que assustam, tem até pra quem quer levar uma criança (essa ai eu tô fora!). Em alguns a gente brinca por influência. Em outros, porque alguém indicou. Tem uns brinquedos que sempre estão fechados (e que, normalmente, todo mundo fala que é o máximo). É tanta opção que, toda vez que a gente decide por um, sobra aquela coceirinha de "eu devia ter ido ali..."

Filas: Todos tem. Todos. Mesmo que seja
 só para dar uma voltinha. Para comer então... Umas maiores, outras menores (umas cheias de modeletes e outras cheias de barangas). Tem vezes que enfrentamos uma fila monstro para dar uma voltinha e percebemos que nem é tudo aquilo que esperávamos (quando começa a ficar legal, acaba). Noutra, um brinquedinho vazio que a gente vai só para listar na contagem final (ahahaha) acaba nos surpreendendo.

Lanchinho: Você pode trazer de casa, tentar a sorte em alguma lanchonete ou no restaurante. Normalmente a comida é ruim e cara, mas você engole assim mesmo porque prefere isto a passar fome. Tem quem espere a hora do almoço, e quem prefira ficar beliscando o tempo todo. (ai entra a máxima da quantidade x qualidade)

Souvenirs: Normalmente levamos alguma coisinha para provar que estivemos ali. Um badulaque. Uma marca. Pode ser, inclusive, só uma foto na saída daquele brinquedo espetacular para mostrar para as amigas (ahahaha, carimbo nele!). Eu acho isso o fim, até porque, muitas vezes nem escolho estar no parque. Se bem que isso acaba se tornando uma desculpa para voltar... (confesso que as vezes rola de ficar com uma blusa. Um óculos. Um cachecol. Ou um cheiro entorpecente que não sai da minha nuca...)
O fato é que, no fim do dia, apesar de toda a diversão, bate a sensação de estafa, um vazio, aquela angústia estarrecedora que nos faz querer voltar para casa. E, quando vamos dormir, fica aquela malemolência (ahahaha), quase arrependimento, de como se estivéssemos acabado de desembarcar de um cruzeiro.

E ficamos ser querer visitar aquele lugar por muitos anos...

...

Lugar que fica na nossa mente... e para onde acabamos sempre voltando.


Nenhum comentário:

Postar um comentário