sábado, 18 de julho de 2009

Inércia

Ele é como uma infecção. Começa silencioso, leve afago no diafragma, que lentamente me sufoca, sensação agonizante que se irradia da boca do estômago e vai até as pontas dos dedos percorrendo cada pedaço do meu corpo. Da minha mente. Da minha alma.

Febre alucinante que incendeia meu colchão, fazendo com que os espasmos de meu corpo não sejam suficientes para que os sonhos retornem. E o anjo da noite se impõe, trazendo delírios de dor e culpa, desejo e dúvida, angústia e solidão.

E permaneço assim, nesse estado inóspito, até que as seis badaladas reinvidiquem o resto da minha sanidade, forçada tentativa rotineira de encontrar a cura.

Sempre em vão.

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